quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Brasil e Coreia do Sul firmam cooperação em recursos hídricos

29/9/2015
Rio Cheong gye Cheon, recuperado em Seul
chamada
Devido ao potencial de cooperação técnica e de intercâmbio de experiências na temática de recursos hídricos, o Brasil e a Coreia do Sul firmaram na cidade sul-coreana de Daejeon um Memorando de Entendimento que estabelece o interesse mútuo de cooperação em temas relacionados a água. Pelo lado brasileiro assinou o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, e pelo lado asiático firmou o documento o presidente da Corporação de Recursos Hídricos da Coreia do Sul (K-Water), Choi Gae Woon. O encontro aconteceu em 22 de setembro.
O Memorando de Entendimento contempla como temas principais para cooperação: gerenciamento de rios, recuperação de mananciais em áreas urbanas, controle de cheias e desastres, proteção e gestão sustentável das águas, impacto das mudanças climáticas, sistemas de informação, cooperação em fóruns internacionais, entre outros assuntos de interesse mútuo.
Por meio da cooperação, Brasil e Coreia do Sul poderão realizar visitas e intercâmbios técnicos de modo a favorecer a troca de informações técnicas, organizar seminários e simpósios técnicos e outras formas de cooperação definidas conjuntamente.
Durante a cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimento foram destacados os temas relacionados a Tecnologias de Comunicação e Informação e a interface com os recursos hídricos, projetos integrados de desenvolvimento para controle de cheias e adaptação às mudanças climáticas.
A missão da ANA na Coreia do Sul também realizou visitas técnicas à nova obra do canal para controle de cheias ARA Betgil, construído entre 2012 e 2015, e aos trabalhos mundialmente reconhecidos de recuperação de rios urbanos e de gerenciamento e uso integrado dos reservatórios.
Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA

Foto: Divulgação

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Projeto destaca os rios de São Paulo que ninguém vê





Quantos rios você conhece em São Paulo, além do Tietê e do Pinheiros? A capital tem simplesmente mais de 300 deles e é muito provável que você não esteja a mais de 200 metros do próximo. O problema é que quase sua totalidade foi encanada e “escondida” nos últimos 100 anos, com o avanço da metrópole.
E foi pensando em destacar essa riqueza fluvial que nasceu o projeto Cidade Azul. Publicitários, jornalistas, designers, pesquisadores e produtores, entre outros profissionais, se juntaram para mapear e destacar a localização desses rios, fazendo com que a população comece a ter um maior contato com as águas ocultas.
O projeto tem três pilares principais: um site, que traz uma série de informações sobre o projeto, os rios, a economia de água e como a sociedade pode interagir mais com os rios; um audioguia, que oferece um tour de 1h pelo bairro da Vila Madalena, indicando diversos caminhos d’água e trazendo detalhes sobre eles; e intervenções urbanas, mostrando a localização exata de alguns e convidando o público a conhecer o projeto.
“Não falta água. Falta começar a ver essas águas, que estão por toda a parte. Os rios não precisam da gente para fluir, nós é que precisamos deles para viver”, destaca parte da narração do audioguia. Vale a reflexão. Vale conhecer.

Por inspirad.com.br

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Centro Ibérico dá exemplo de restauro fluvial

Centro Ibérico de Restauração Fluvial

O CIREF é formado por um grupo de profissionais relacionados a restauração dos espaços fluviais na Península Ibérica, tanto de origem universitária como da administração pública e organizações não governamentais.


Um dos grandes objetivos da organização é a conservação e a restauração dos ecossistemas fluviais


segunda-feira, 13 de julho de 2015

40 anos do maior desastre natural ocorrido no Recife: a enchente de julho de 1975.

Recife que cresceu e conservou o título de "Veneza Brasileira" devido à malha de riachos, que são como galhos de uma árvore cujo tronco é o rio Capibaribe, teve que conviver com a força das águas ao longo de sua história.

Este mês, o maior desastre natural ocorrido no Recife completa 40 anos. Em 1975, Recife teve 80% do seu território coberto por água devido a enchente no Rio Capibaribe. Nesse cenário devastador, que marcou a vida de muitos recifenses, 350 mil pessoas ficaram desabrigadas e houve ainda um registro de 107 mortes.

Ilha do Retiro

O prejuízo estimado na época ficou em torno de 1,5 bilhão de cruzeiros. Ao todo foram 31 bairros, entre eles os mais atingidos foram Caxangá, Iputinga, Cordeiro, Casa Forte, Afogados e Madalena. Outros 25 municípios da bacia do Capibaribe também foram atingidos.
Histórico de enchentes de Pernambuco
Av. Agamenon Magalhães

O período das grandes enchentes em Pernambuco tem sido historicamente de junho a agosto. Entre os meses de janeiro e fevereiro só há registros, em toda a História, de duas pequenas inundações, assim mesmo restritas a algumas áreas do Recife. Uma breve linha do tempo das enchentes ocorridas no estado de Pernambuco, obtida dos arquivos de jornais da cidade, é apresentada a seguir.


1632 - A 28 de janeiro, ocorre a primeira enchente de que se tem notícia no Recife, "causando perdas de muitas casas e vivandeiros estabelecidos às margens do Rio Capibaribe".

1638 - Maurício de Nassau manda construir a primeira barragem no leito do Rio Capibaribe para proteger o Recife das enchentes: foi o Dique de Afogados, que tinha mais de 2 km e hoje é uma rua do Recife, a Imperial.
1824 - Entre fevereiro e abril, nova enchente atinge o Recife.
1842 - Junho. Enchente atinge o Recife, derrubando várias casas. Pontes desabaram; trens saíram dos trilhos; milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Foi a primeira enchente de grandes proporções do Rio Capibaribe.
1854 – Ocorre a maior enchente do século XIX. Durou 72 horas, atingindo todos os bairros do Recife. Derrubou a muralha que guarnecia a Rua da Aurora; parte do cais da Casa de Detenção veio abaixo; a cidade ficou sem comunicações com o interior; no porto do Recife, os navios foram atirados uns contra os outros.
1862 - Nova enchente castiga o Recife.
1869 - Grande enchente destrói as pontes da Torre, Remédios e Barbalho, e rompe os aterros da via férrea do Recife. Foi a maior enchente até então, tendo o imperador Pedro II determinado que o engenheiro Rafael Arcanjo Galvão viesse a Pernambuco "estudar o problema".
1870 - A 16 de Julho, o bacharel em matemática e ciências físicas José Tibúrcio Pereira de Magalhães, diretor de Obras e Fiscalização do Serviço Público do Estado, sugere ao governo imperial a construção de uma série de barragens nos principais afluentes do rio Capibaribe, para evitar cheias no Recife.
1884 - Outra enchente atinge o Recife.
1894 - Em junho, enchente atinge todos os subúrbios recifenses situados às margens do rio Capibaribe.
1899 - 01 de Julho. Vários bairros do Recife foram inundados por cheia do rio Capibaribe. No município de Vitória de Santo Antão, desaba o segundo encontro da ponte sobre o rio Itapicuru.
1914 - Outra enchente desaba sobre o Recife, deixando vários mortos.
1920 - A 14 de Abril, grande enchente deixa Recife isolada do resto do Estado, durante três dias. Postes foram derrubados; linhas telegráficas interrompidas; trens paralisados; pontes vieram abaixo, entre elas a da Torre. Os bairros de Caxangá, Cordeiro, Várzea e Iputinga ficaram totalmente isolados do resto da cidade.
1924 - Nova enchente deixa os bairros da Ilha do Leite, Santo Amaro, Afogados, Dois Irmãos, Apipucos, Torre, Zumbi e Cordeiro complemente submersos. O prédio do Serviço de Saúde e Assistência desabou e as obras do Quartel do Derby sofreram grandes prejuízos.
1960 - Nova enchente do rio Capibaribe castiga o Recife.
1961 - Enchente deixa 2 mil pessoas desabrigadas no Recife.
1965 - Outra enchente castiga o Recife. Os bairros de Caxangá, Iputinga, Zumbi e Bongi ficaram complemente inundados. Nas áreas mais próximas ao Rio Capibaribe, a água cobriu o telhado das casas.
1966 - Enchente catastrófica provocada pelo rio Capibaribe, com a água atingindo mais de 2 metros de altura, nas áreas mais baixas do Recife. Em poucas horas, toda a extensão da Av. Caxangá foi transformada num grande rio. Na capital e interior, mais de 10 mil casas (a maioria mocambos) foram destruídas e outras 30 mil sofreram danos, como paredes derrubadas. Morreram 175 pessoas e mais de 10 mil ficaram desabrigadas. O nível do rio Capibaribe subiu 9,20 metros além do nível. O presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, veio ao Recife verificar os danos causados.
1967 - A Sudene apresenta relatório de uma comissão de técnicos, constituída logo após a enchente, buscando encontrar soluções para o problema. O relatório sugere a construção de barragens nos seus principais afluentes e no próprio rio Capibaribe, que é a mesma sugestão apresentada quase um século antes pelo engenheiro José Tibúrcio.
1970 - Ano atípico, quando duas enchentes ocorreram, a primeira nos dias 21 e 22 de julho, havendo coincidência entre picos de descarga do rio e maré alta. Vinte dias após esse evento, no dia 10 de agosto, a cidade ficou totalmente inundada por chuvas locais. A tormenta, que se concentrou no Recife e em Olinda, atingiu em 16 horas uma precipitação de cerca de 336 mm, com intensidade que alcançou até 65mm/hora.
Em Julho, as águas atingem a zona da Mata Sul e o Agreste do Estado, por conta do transbordamento dos rios Una, Ipojuca, Formoso, Tapacurá, Pirapama,Gurjaú, Amaraji e outros. A cidade que mais sofreu foi o Cabo, que teve 04 dosseus 05 hospitais inundados e várias indústrias pararam suas atividades. No Recife, as águas da Capibaribe causaram grande destruição. Na capital e interior, 500 mil pessoas foram atingidas e 150 morreram; 1.266 casas foram destruídas em 28 cidades. Só no Recife, 50 mil pessoas ficaram desabrigadas.Em Agosto, a nova cheia que atingiu o Recife e Olinda, foi provocada pelo rio Beberibe. Em Olinda, 5 mil pessoas ficaram desabrigadas e foi decretado estado de calamidade pública.
1971 – Iniciadas as obras da barragem de Tapacurá, no rio de mesmo nome,sendo a primeira providência tomada com relação ao controle das cheias.
1973 – Concluída as obras da construção da barragem de Tapacurá, em 25/07/1973. Material de propaganda da Secretaria de Obras do Governo do Estado anuncia, em letras garrafais, que a Barragem de Tapacurá, inaugurada naquele ano, era solução definitiva para dois graves problemas que afetavam o Recife: abastecimento de água da população e "o fim" das enchentes no Recife.
1974 - Outra enchente atinge o Recife. A Comissão de Defesa Civil, que tinha previsão do avanço das águas, retirou a tempo a população das área ribeirinhas. Em São Lourenço da Mata, uma ponte ficou parcialmente destruída e a população isolada. No município de Macaparana, 20 pessoas morreram, por conta do transbordamento do riacho Tiúma.
1975 - Considerada a maior calamidade do século, esta enchente ocorreu entre os dias 17 e 18 de Julho. O Recife foi mais uma vez vítima de inundações, que alcançou níveis nunca antes verificados, atingindo mais de 50% de toda a área urbana da cidade. Outros 25 municípios da bacia do Capibaribe também foram atingidos. Morreram 107 pessoas e outras 350 mil ficaram desabrigadas.
Na capital e interior, 1.000 km de ferrovias ficaram sem condições de tráfego, pontes desabaram, casas foram arrastadas pelas águas. Só no Recife, 31 bairros, 370 ruas e praças ficaram submersos; 40% dos postos de gasolina da cidade foram inundados; o sistema de energia elétrica foi cortado em 70% da área do município; quase todos os hospitais recifenses ficaram inundados, tendo o depósito de alimentos do Hospital Pedro II sido saqueado. Por terra, o Recife ficou isolada do resto do país durante dois dias.


Região inundada mais escura, registro da SUDENE, 1975.



Na manhã do dia 21, quando as águas baixaram e a população começava retomar a vida, o pânico tomou conta das ruas do Recife, em decorrência de um boato de que a Barragem de Tapacurá havia estourado e que a cidade seria arrasada. A Polícia Federal investigou a origem, nunca descoberta, do boato. O pânico durou cerca de duas horas, mas seu momento de maior intensidade teve cerca de 30 minutos. Mais de 100 pessoas foram atendidas nos serviços de emergência dos hospitais.
Como conseqüência desses eventos catastróficos novas medidas de controle foram implementadas: a construção da barragem de Carpina, destinada ao controle de enchentes, retificação da calha na área urbana (alargamento e ampliação do vão das pontes do Derby e Torre) e ainda a construção de barragem de contenção sobre o rio Goitá. Antes da conclusão dessas obras problemas de menor porte continuaram a ocorrer.
1977 - A 01 de Maio, nova enchente do Rio Capibaribe deixa 16 bairros do Recife embaixo d'água. Olinda e outras 15 cidades do interior do Estado também foram atingidas. Mais de 15 mil pessoas ficaram desabrigadas e só não foram registradas mortes porque a população das áreas ribeirinhas foram retiradas 24 horas antes. São Lourenço da Mata foi o município mais atingido. Em Limoeiro, houve desabamento de ponte.
1978 - A 29 de Maio é inaugurada a Barragem de Carpina, construída para conter as enchentes do rio Capibaribe. Com 950 metros de comprimento, 42 metros de altura, a barragem tem capacidade para armazenar 295 milhões de m3 de água.
2000 - Entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, fortes chuvas castigaram o Estado, inclusive a Região Metropolitana do Recife, deixando um total de 22 mortos, 100 feridos e mais de 60 mil pessoas desabrigadas. Cidades foram parcialmente destruídas, tendo ás águas que transbordaram dos rios levado pontes e casas. As chuvas foram anunciadas com 40 dias de antecedência pelos serviços de meteorologia, mas as autoridades governamentais deram pouca importância à previsão. As chuvas atingiram 300 milímetros em apenas três dias e só na RMR aconteceram 102 deslizamentos de barreiras.
2004 - Fortes chuvas entre 08 de janeiro 02 de fevereiro de 2004 castigam todas as regiões do Estado, deixando 36 mortos e cerca de 20 mil pessoas desabrigadas. As chuvas (jamais registradas entre os dois primeiros meses do ano) foram provocadas por fenômenos meteorológicos atípicos (frente fria e outros) e destruíram pontes e estradas, açudes romperam, casas desabaram, populações inteiras ficaram ilhadas. Barragens que estavam secas há anos chegaram a verter. O conjunto de barragens construído no Capibaribe para controle de cheias, as barragens de Jucazinho, Carpina, Goitá e Tapacurá, conteve possíveis ondas de cheia vindas do interior do estado. Jucazinho chegou a verter pela primeira vez. Na cidade de Recife a calha principal do Capibaribe suportou bem as chuvas, mas a rede de canais interligados que a ele afluem apresentaram problemas de alagamento dos mais variados. Na cidade de Olinda, cortada pelo rio Beberibe e seus afluentes, o bairro de Jardim Brasil foi um dos mais castigados. Todas as barragens do Sertão e Agreste apresentaram vertimento, inclusive Jucazinho, em Surubim. De acordo com levantamento do governo estadual, os prejuízos em todo o Estado chegaram a R$ 54 milhões.
2005 – Entre os dias 30 de maio e 02 de junho, fortes chuvas provocaram enchentes em 25  idades do Agreste, Zona da Mata e Litoral pernambucanos, deixando 36 mortos e mais de 30 mil pessoas desabrigadas. Cerca de sete mil casas foram parcial ou totalmente destruídas; 40 pontes foram danificadas; 11 rodovias estaduais foram atingidas, sendo que sete delas ficaram interditadas; a água inundou ruas centrais, hospitais, escolas e casas comerciais de várias cidades, provocando enormes prejuízos materiais.O que se observa na planície do Recife e Olinda é a freqüente ocorrência de inundações, o que leva a fácil conclusão sobre o ineficiente sistema de macro e microdrenagem, o qual está longe de atender as necessidades da sociedade.

Após a retificação da calha do Capibaribe observa-se que durante a incidência de chuvas intensas não tem ocorrido extravasamentos, mas a ineficiência da rede de drenagem, por se encontrar obstruída devido ao lançamento de resíduos sólidos e líquidos, além do assoreamento, provocam alagamentos constantes.

terça-feira, 31 de março de 2015

Os canais de Recife são riachos.

Você sabia que os canais de Recife são riachos? 
Sim, eles são riachos. 
E não foram feitos para receber esgotos. 

Ao longo dos anos Recife teve muitas áreas aterradas assim como muitos corpos d'água. Os riachos remanescentes aos poucos perderam sua vida devido ao despejo de esgotos provocado pela falta de saneamento básico. Tiveram ainda suas margens impermeabilizadas, canalizadas e retificadas o que os fez perder sua vegetação nativa e alterar o ciclo natural da água. A canalização, durante muito tempo, pensou-se ser a solução mais adequada. Hoje, preservar e recuperar seu estado natural são ações fundamentais.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Brasileiro desenvolve sistema natural para tratamento de esgoto

Um dos grandes problemas de áreas rurais por todo o país é a falta de acesso a sistemas de tratamento de esgoto. Em consequência disso, muitas comunidades acabam despejando dejetos sem tratamento em áreas de mananciais. Diante desta dificuldade, o engenheiro ambiental Jonas Rodrigo dos Santos desenvolveu um sistema natural, que retira a maior parte das impurezas e evita a contaminação da água.

A experiência foi feita em Capanema, na área rural do Paraná, e o sistema foi tão bem sucedido que recebeu destaque em um dos concursos realizados pela Agência Nacional de Águas (ANA). A situação do local é semelhante à de muitas regiões brasileiras que não estão conectadas às redes de distribuição de água e não possuem qualquer estrutura para o saneamento básico.
Antes da instalação do sistema, todos os esgotos e dejetos produzidos na propriedade do sr. Denilson José dos Santos eram despejados em uma fossa negra sem qualquer tratamento. De acordo com o engenheiro responsável pelo projeto, o reservatório não possuía isolamento ou contenção. Em consequência, os resíduos contaminavam o solo, os recursos hídricos e ainda colaboravam para o desenvolvimento de vetores.




Com a instalação da pequena central de tratamento, os dejetos humanos e de 12 suínos pertencentes à propriedade passaram a ser tratados. O sistema conta com cinco fases de limpeza: fossa séptica e tanque de zona de raízes, que é dividido em filtro de pedras grossas, filtro de pedra brita, filtro de pedrisco e carvão ativado. Para potencializar ainda mais o processo, foram utilizadas plantas para a purificação, como bananeiras e taiobas.

Os resultados obtidos foram satisfatórios. Após passar pelo processo de limpeza, a água residual alcançou um nível alto de qualidade. Ao chegar no sistema o efluente possuía 8.381 miligramas de material sólido por litro. Ao final do tratamento eram apenas 170 miligramas por litro. A quantidade de fósforo, amônia e coliformes termotolerantes também foram mínimas.




Conforme apresentado pelo engenheiro, a capacidade de purificação obtida pelo sistema foi altamente eficiente. Após passar pelo processo, o engenheiro garante que o efluente final pode ser liberado em rios, córregos ou lagos, sem causar contaminação, pois as suas qualidades são muito semelhantes a das águas dos mananciais. Outro diferencial do sistema é a sua aparência. Semelhante a um jardim, ele pode facilmente ser integrado à paisagem local.
O engenheiro responsável pelo projeto está disponível para dar mais informações sobre o sistema através do e-mail: jr.eng.ambiental@hotmail.com

por CicloVivo










segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Renaturalização pelo Mundo: Rio Trent - Nottingham, UK


Este projeto restaurou recursos naturais para uma seção do riacho que flui através de um pequeno parque nos arredores da cidade de Nottingham.


O riacho foi deslocado partir do canal altamente modificado existente para um curso mais natural. O Comprimento do riacho foi aumentado com a introdução de meandros juntamente com margens suaves e variação das condições de fluxo e de leito. O objetivo foi o de melhorar a qualidade da água por meio do plantio de vegetação marginal e a criação de uma camada de junco no emissário de uma galeria de águas superficiais.



Com o material produzido a partir das escavações do canal, um barreira rasa foi construída para reter as águas de enchentes dentro do parque, a fim de ajudar a reduzir a inundação de propriedades à jusante.



Em um esforço para aumentar a conscientização do curso de água e criar um ambiente de parque mais atraente, 2 novas pontes ligam um caminho existente sobre o novo canal riacho.



Esta parte do riacho é uma das poucas seções que não passam por dentro de um bueiro. A jusante, o córrego flui principalmente dentro de um canal altamente modificado e todo o comprimento está sujeito à poluição proveniente de fontes difusas urbanas.

A seguir acompanhe como foi o processo:

1 - Riacho retificado , Agosto de 2012

2 - Riacho canalizado e retificado, Agosto de 2012

3 - Parque próximo ao riacho, Agosto de 2012

4 - Canal antes dos trabalhos, Fevereiro de 2014

5 - Canal antes dos trabalhos, Fevereiro de 2014

6 - Galeria de Águas Pluviais antes dos trabalhos, Fevereiro de 2014

7 - Novo corte do canal, Março de 2014

8 - Novo canal, Março de 2014

9 - Canal completo, Abril 2014

10 - Novo junco de projeto, Abril de 2014

11 - Retirada dos peixes do canal antigo, Abril 2014

12 - Retirada dos peixes do canal antigo, Abril 2014

13 - Novo riacho e junco, Abril de 2014

14 - Novo riacho, Maio de 2014

15 - Novo riacho com a ponte, Maio de 2014

16 - Galeria de águas pluviais depois da restauração

17 - Antes da restauração

18 - 21 de março de 2014

19 - 23 de abril de 2014

20 - 30 de abril de 2014

21 - 9 de maio de 2014

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Riachos Urbanos podem ser restaurados? Unindo recuperação natural com mitigação de enchentes


Riachos Urbanos podem ser restaurados? Unindo recuperação natural com mitigação de enchentes

Riachos Urbanos globalmente são caracterizados por condições de habitat degradado e baixa biodiversidade aquática, atribuída em grande parte pelos efeitos da modificação e manutenção dos canais para enchentes.

Recentemente, um trabalho em Hamilton City tem destacado a habilidade de algumas espécies de peixes ameaçadas em sobreviver em riachos que preservam trechos com vegetação e a presença de invertebrados.

O programa mostra que é relativamente fácil estabelecer uma baixa diversidade nativa em 20 anos. A estabilização das margens com troncos de madeira pode ajudar a reduzir os efeitos das enchentes, fornecendo refúgio para peixes. Associado a isso, a liberação de peixes jovens pode ajudar na manutenção da população.

Historicamente, as cidades foram construídas para atender às necessidades de uma espécie, o Homo sapiens. O resultado da urbanização é a homogeneização de ambientes heterogêneos e a substituição da fauna e da flora nativa por espécies exóticas adaptadas ao ambiente urbano.

Canais de riachos em cidades são normalmente usados para transportar as águas pluviais para fora do ambiente construído tão rapidamente e eficientemente quanto possível para evitar a inundação e erosão. Porque águas pluviais urbanas correm pelas superfícies impermeáveis e os córregos entram diretamente em tubos, em vez de, naturalmente, através escoamento superficial e drenagem subterrânea. Isso altera significativamente a hidrologia urbana levando a enchentes mais freqüentes, e uma rápida mudança nos hidrogramas, com maiores vazões de pico.

Veja mais em: Can urban streams be restored?