segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Renaturalização pelo Mundo: Rio Bièvre

Rio Bièvre
Local - França, Bacia do Rio Sena
Data da Construção - Janeiro de 2002 até janeiro de 2003
Comprimento - 200m
Custo - £520.000 ou R$1.573.660,53

Desde o século 11, o Rio Bièvre e sua área de influência foram fortemente modificadas. Várias fábricas foram construídas ao longo de seu curso, o que levou à retificação do rio. A crescente urbanização e o estabelecimento de atividades industriais e artesanais ao longo do Bièvre transformou em um "esgoto a céu aberto". 

A partir do século 18, o rio foi gradualmente coberto. 

Hoje, a Bièvre forma um sistema de águas pluviais. Tornou-se um meio alternativo de transporte para águas residuais quando os esgotos não funcionam.
Trecho do rio coberto.

No âmbito da política de renovação Bièvre, um projeto-piloto, a fim de reabrir o rio foi realizado, no "Parc des Près" em Fresnes, uma área de três hectares de baixo desenvolvimento.
Rio Bièvre em fase de reconstrução
O antigo leito do rio, ou seja, o atual sistema de água da chuva, foi mantido para uso em caso de esgotos não funcionarem. 
Um trecho sinuoso de água foi criado, a fim de favorecer o desenvolvimento da vida aquática. Espécies aquáticas e semi-aquáticas foram plantadas em diversas áreas. Ao mesmo tempo, mais de vinte ligações directas de águas residuais para o Biévre foram eliminadas.
Trecho recuperado do rio

Antes e depois da Renaturalização





sábado, 27 de setembro de 2014

Dia Mundial dos Rios reúne voluntários HSBC para desvendar rios em Recife

Sob ruas e construções do Recife corre um rio soterrado pelo processo de urbanização. Para desvendar esses cursos-d’água aterrados ao longo dos anos nas cidades, o programa HSBC pela Água promove uma expedição pelo Centro, amanhã, a partir das 9h.

O evento, realizado simultaneamente em outras quatro capitais brasileiras, marca o Dia Mundial dos Rios (28). A expedição não é feita de barco, mas a pé. “A ideia é mostrar às pessoas que embaixo do asfalto onde elas estão pisando passa um rio e mostrar a importância de conservar esses recursos hídricos”, explica a superintendente- executiva de Sustentabilidade do HSBC Brasil, Linko Ishibashi.



Antes da expedição, haverá palestra sobre meio ambiente às 9h, na Rua do Fogo, 22, Santo Antonio. Em seguida, o grupo composto por cerca de 40 pessoas (colaboradores HSBC) sai em caminhada pela Avenida Dantas Barreto e Rua Nova, seguindo o curso do Rio Capibaribe, oculto pelos aterros. “Esse é um trabalho de conscientização, mas também de história”, afirma Linko Ishibashi. 

O evento está sendo realizado pela primeira vez no Recife. Segundo Linko, a cidade foi escolhida porque conta com um grupo forte de voluntários do HSBC, que promove ações sociais e ambientais ao longo do ano. O Programa HSBC pela Água é uma iniciativa global de cinco anos, com investimento de US$ 100 milhões, pelo acesso à água, saneamento e pela proteção dos recursos hídricos.

Fonte: Jornal do Commercio

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Renaturalização pelo Mundo: Rio Braid

Rio Braid
Local - Inch Park, Edimburgo
Data da Construção - Final de 2008 até meados de 2009
Comprimento - 310m
Custo - £110.000 ou R$335.500 (25/09/14)

A remeandrização do Rio Braid no Inch Park foi uma parte do amplo projeto de contenção de cheias proposto pelo Conselho da Cidade de Edimburgo projetado para proteger contra um enchente de 200 anos, com provisão adicional para as mudanças climáticas. 

Rio antes da renaturalização ainda canalizado.


O projeto aproveitou a capacidade de armazenamento do parque para cheias, promoveu a biodiversidade  e criou habitats ao longo do rio.

Antigo curso tracejado e novo curso em cor azul.


Corte AA mostrando antigo canal e nova formatação

O parque fica localizado em uma área urbana e fica próximo de um shopping center, escolas primárias e áreas residenciais.

Fase de construção

   

O objetivo foi reintroduzir diversidade na extensão, na profundidade, nas taxas de vazão e na paisagem do riacho, para permitir que os processos naturais ecológicos e morfológicos ocorram segundo as características iniciais. Isto foi alcançado substituindo os canais de concreto e tijolo por meandros sinuosos.

Após dois anos da construção, em 2011.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

X ENAU prepara carta para gestores públicos

No X Encontro Nacional de Águas Urbanas, pesquisadores de todo o país discutiram diversas propostas de otimização da drenagem urbana. O resultado disso está sendo uma carta que deverá ser encaminhada a sociedade e em especial aos gestores públicos. A carta deverá ser finalizada até dia 26 de setembro quando será o último dia para envio de sugestões pelo e-mail  xenau@abrh.org.br.

A minuta da carta você confere a seguir:

A Comissão de Águas Urbanas da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, ao término do X Encontro Nacional de Águas Urbanas, realizado em São Paulo, no período de 16 a 18 de setembro de 2014, expressa, por meio desta carta, os anseios e desafios identificados durante o evento e que devem ser enfrentados pela Academia, sociedade e gestores públicos.
A despeito do atual conhecimento, os sistemas de drenagem urbana são ainda concebidos de maneira convencional, cujo princípio é o rápido afastamento das águas pluviais; no entanto, as novas técnicas de manejo das águas urbanas visam minimizar a geração de escoamento pluvial por meio da adoção de práticas que priorizem a manutenção de processos hidrológicos mais naturais, tendo ainda, a bacia hidrográfica como unidade de planejamento.
Buscando esse objetivo, a Comissão recomenda, sempre que possível e adequado, que medidas e esforços sejam adotados para:
  • Reduzir as áreas impermeabilizadas;
  • Minimizar movimentação de terras;
  • Controlar a produção de sedimentos, principalmente durante a fase de obras;
  • Preservar o percurso do escoamento superficial de maneira mais próxima ao natural; manter as características locais da bacia;
  • Promover a integração da água como elemento da paisagem urbana;
Adicionalmente, a água da chuva pode ser utilizada para fins não potáveis, ressalvado o fato de o aproveitamento da água de chuva não se constituir em uma estratégia para controle de escoamento pluvial.
O manejo proposto deve ser regulamentado por meio do PLANO DIRETOR URBANO e do PLANO DE DRENAGEM URBANA, sendo a elaboração destes de responsabilidade legal dos Municípios. É importante enfatizar a importância de que a sociedade deve ter um papel efetivo na concepção e elaboração de ambos os planos.
O manejo da água no meio urbano depende dos espaços exigidos para implantação de técnicas de controle e do uso do potencial da bacia para reduzir os impactos da urbanização, portanto exige nova postura dos gestores, urbanistas, hidrólogos e demais profissionais, que devem trabalhar de forma conjunta. Nesse sentido, o trabalho interdisciplinar otimizará o sistema em termos técnicos, sociais, financeiros e ambientais.
Assim, identifica-se que a Academia deve atualizar os currículos dos cursos de tecnologia, graduação e pós-graduação, para que incorporem em suas ementas elementos que contemplem o enfoque proposto de manejo de águas pluviais.
Quaisquer que sejam as técnicas empregadas estas devem primar:
  • Pela minimização das inundações;
  • Pelos aspectos sanitários;
  • Pela não contaminação dos aquíferos;
  • Pelos aspectos paisagísticos, multifuncionais e integrados ao meio urbano, visando a melhor aceitação por parte da população.
O planejamento e projeto dos sistemas de águas pluviais dependem essencialmente das características fisiográficas da bacia, do monitoramento e da modelagem hidrológica, seja qualitativa ou quantitativa. Observa-se, que:
- A maioria dos municípios brasileiros não possui cadastro dos sistemas de infraestrutura urbana. Os Municípios devem realizar o cadastramento da infraestrutura urbana, incluindo os sistemas de microdrenagem, macrodrenagem, técnicas compensatórias de drenagem (no lote e centralizado). Esse cadastro deve ser espacializado em mapas digitais de forma a serem permanentemente atualizados e, preferencialmente, associados a banco de dados.
- Os Municípios devem desempenhar papel fundamental no monitoramento da chuva e da qualidade e quantidade de água no meio urbano, pois têm condições de fazê-lo continuamente. Assim, os municípios terão dados hidrológicos representativos de suas condições locais. As Universidades podem auxiliar os municípios no planejamento do monitoramento de acordo com as especificidades locais, fortalecendo parcerias acadêmico-científica e técnico-institucional.
- Os Municípios devem elaborar manuais para o projeto e execução dos sistemas de manejo de águas pluviais. Para isso, sempre que julgarem necessário, devem contar com o auxílio da Academia.
- O emprego de ferramentas para gestão das águas urbanas depende essencialmente das características da bacia, do monitoramento e de pessoal especializado. Os Municípios devem investir na capacitação contínua de pessoal, sendo que a Academia pode auxiliá-los, propiciando condições para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas e treinamento dos técnicos no uso de ferramentas de gestão.
- Os Municípios devem planejar e incorporar aos seus serviços a limpeza, conservação, manutenção e operação da infra-estrutura de águas pluviais, prevendo, ainda, os aportes financeiros necessários para a realização perene e contínua destas atividades.
- Boa parte da produção de sedimentos em meio urbano é devido a obras, terraplanagem e movimentação de terra. Esses sedimentos assoreiam reservatórios e rios e o próprio sistema de drenagem, causando prejuízos de toda ordem. Os Municípios, através de normas e legislações, devem exigir o controle da produção de sedimentos em obras civis, assim como fiscalizá-las em relação a esse aspecto.
Cabe aos organismos que fomentam a economia do país, com investimentos em empréstimos públicos, gerar diretrizes que garantam a concepção e implementação de projetos e obras que tenham um impacto reduzido sobre a drenagem urbana.
Por fim, a comissão técnica do X ENAU acredita que a concretização e o sucesso das recomendações contidas nessa carta dependem fundamentalmente do envolvimento e do esforço conjunto dos Gestores Públicos, da Academia e da Sociedade.
São Paulo, 18 de setembro de 2014.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

X ENCONTRO NACIONAL DE ÁGUAS URBANAS Águas Urbanas: Um tema multidisciplinar




Começou ontem em São Paulo (SP) o 10º Encontro Nacional de Águas Urbanas (X ENAU). O evento irá até amanhã com apresentações de trabalhos e palestras com temas que contemplam novos conceitos e manejo de águas pluviais. No primeiro dia o grupo de recursos hídricos da UFPE apresentou o trabalho "Os Impactos da Expansão Urbana no Manejo de Águas Pluviais em Pequenas Cidades: Estudo de Caso em Serra Talhada (Pernambuco)" Gastão Fonseca Neto, Marcos Vieira Melo e Jaime Cabral.

Hoje serão apresentados ainda "Urbanização no Recife e as Consequências para a Drenagem Urbana" por Edvaldo Guimarães Neto, Marcos Vieira Melo e Guilherme Nascimento; E também, "Estudo das Características Hidrológicas para Subsídio ao Zoneamento Urbano no Município do Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco)" Andressa Fraga e Jaime Cabral.



Em breve faremos a postagem do trabalhos.

O evento é uma organização da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Instituto de Pesquisas Hidráulicas com patrocínio do CNPQ e CAPES.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

PDDrU: Audiência aconteceu hoje

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) apresentou, nesta terça-feira (2), plano de drenagem para tentar evitar alagamentos na cidade. O projeto foi mostrado em audiência pública realizada no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena. Participaram do encontro representantes de secretarias municipais, associações comunitárias, estudantes e pessoas ligadas ao meio ambiente.

Imagem: Globo

“Ao longo dos anos, imaginávamos que tinham 36 canais. A gente conseguiu localizar e cadastrar 95 canais, isso é um instrumento inovador. Temos também o cadastro das galerias de chuva e canaletas. São 1.500 quilômetros que estão sendo cadastrados. Poderemos trabalhar melhor a questão do manejo dessas águas pluviais”, afirmou o presidente da Emlurb, Antônio Barbosa.


O serviço envolve ainda tratamento de esgotos e será feito com recursos da Prefeitura e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Na capital pernambucana, há vários pontos crônicos de alagamentos que causam prejuízos para motoristas e pedestres a cada chuva.


De acordo com a Emlurb, um projeto para conscientizar a população também é uma das prioridades do trabalho. “Em áreas ribeirinhas, a gente precisa contar com a colaboração da população para que não deposite lixo nesses canais, nesses cursos-d’água, rios, para que a gente possa trabalhar, sofrer menos impacto quando ocorrem chuvas”, complementou Antônio Barbosa.


A Emlurb acrescentou que a dragagem dos rios Tejipió e Jiquiá está aguardando recursos do governo federal para ser iniciada. Na próxima quinta-feira (4), a gestão vai apresentar um plano para solucionar o tratamento do lixo da capital.


Fonte: G1

PDDrU: Audiência Pública Hoje!

Está confirmada para hoje (2) a audiência pública que vai permitir a participação popular no processo de decisão acerca da drenagem urbana na cidade do Recife.



Acontecerá no Auditório Dom Hélder Câmara, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, situado na Rua Real da Torre nº 299, Madalena, Recife-PE das 14:00 às 17:00 horas.

Veja também: O que é uma Audiência Pública;
                      O que é um Plano Diretor de Drenagem Urbana


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Como renaturalizar um rio ou riacho - 3ª Etapa

Nesta última reportagem da série veremos os cuidados que devemos ter na construção do projeto, como os riscos de inundação, os achados arqueológicos e a educação como parte integrante e fundamental do projeto.



Construção do Projeto

Muitos fatores influenciam na escolha do tipo de projeto, assim, tenha em mente que para cada projeto há um tipo especifico de intervenção que depende das condições do local. A seguir estão listados alguns fatores.

Uso do solo nas proximidades - A recuperação do rio pode fazer parte de um projeto maior que contempla a readequação ambiental, portanto, ter um olhar amplo da localidade para além dos limites das margens irá influenciar no projeto. O acesso à água, rotas de transporte, corredores de vida selvagem e sistemas de drenagem sustentável devem ser trabalhados em paralelo com o desenvolvimento do projeto.

Drenagem - Você deve considerar como o sistema de drenagem irá interagir com a sazonalidade do rio. Por exemplo, você pode optar por descarregar a água da chuva por meio de valas que ligam ao rio - isso ajuda a criar uma variedade de habitats. Um mau projeto de drenagem pode resultar em muitos problemas. Por exemplo, emissários mau dimensionados podem gerar erosão no local e interferir na qualidade dos habitats.

Gestão dos riscos de inundação - As características do sistema de manejo dos riscos de inundação que devem ser consideradas, incluem:
  • Cargas Terrestres (solo, água, edifícios, veículos, etc.);
  • O fluxo de corrente, ondas, lavagem de barcos e hélices e o risco de ancoradouros ilegais;
  • Antecipar o usos futuros do rio;
  • Duração das vazões e especialmente vazões de pico;
  • Levar em consideração a freqüência e a área de inundação;
  • As condições do solo e geologia;
  • A força e a durabilidade dos componentes individuais e os elementos incluídos no projeto;
  • A química da água e os fatores que afetam o crescimento de plantas como a área molhada;
  • O tempo de vida do projeto;
  • Monitoramento e manutenção;

Você precisa estabelecer suas propostas de forma clara, tanto em termos de o que você se propõe a construir e como.

Espaço verde existente - Você deve sempre incentivar e promover a colonização de espécies naturais apropriadas ao local. As várzeas tem importância fundamental pois filtram e armazenam água, capturam carbono, fornecem alimento e energia, apoiando uma riqueza de vida selvagem de forma única. Trabalhando com processos naturais você irá melhorar as condições locais valorizando a flora e a fauna.

Contudo, o plantio pode ser necessário quando:
  • os processos naturais por si só não forem suficientes para garantir a estabilidade do sistema, como por exemplo pela falta de um banco de sementes natural;
  • a vegetação é necessária para a segurança do talude.

O tempo de plantio e pré-estabelecimento de espécies da linhagem genética correta é uma questão importante (procurar ajuda de um ecólogo para garantir que as plantas são de espécie adequada e, sempre que possível, de origem local). As plantas também precisam ser selecionadas no tamanho correto, plantadas no nível correto, e em agrupamentos adequados para aumentar as chances de dar certo. Espécies invasoras é um risco que merece atenção para definir medidas de proteção.

Arqueologia e patrimônio - É importante verificar se o projeto está susceptível a afetar algum achado arqueológico. Áreas de várzea podem conter registros dos nossos antepassados bem preservados.

Educação, estética e arte - Em qualquer projeto você deve aproveitar para fazer referência as questões ambientais, históricas e sociais do local. Estender o projeto para a beira da água pode gerar paisagens impressionantes. Não podemos esquecer das mudanças periódicas no nível do rio. Deve haver uma sinalização atraente, artística e robusta que chame a atenção das pessoas que explique bem ao observador para que não seja mal interpretado ou até criticado.

Sustentabilidade dos materiais - Sempre que possível utilize materiais reciclados no projeto, estando atento para a qualidade. Materiais rugosos proporcionam uma colonização mais estável das algas e plantas que vivem no local.

Gestão e comunicação durante o projeto - Este é um elemento crucial para o sucesso de todos os projetos de restauração de rios. Se o entendimento entre as diferentes partes do projeto não for gerido de forma eficiente pode haver atraso no projeto e incapacidade de obter financiamento.

Fonte: Step III - Project Construction (ECRR)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Como renaturalizar um rio ou riacho - 2ª Etapa

Dando sequência as postagens de "Como renaturalizar um rio ou riacho" partimos agora para a etapa 2 que é a Concepção do Projeto. Amanhã, concluiremos com a Construção do Projeto.



Concepção - Nessa etapa, o planejamento vai ajudar a definir quais medidas de restauração são adequadas para cada trecho do rio. Por exemplo, diferentes tipos são adotados dependendo da energia do rio,  baixa energia em áreas urbanas ou alta energia como corredeiras.

A falta de experiência muitas vezes se deve  à natureza experimental de técnicas de restauração, dedicar mais tempo na fase de projeto reduzirá a incerteza na implementação de esquemas, especialmente com novos conceitos.

Visitas de campo são essenciais para revelar questões que podem não ter sido identificados a partir de uma avaliação baseada em mapas. É comum encontrar um equipe inexperiente com supervisão limitada ou engenheiros de projeto com insuficiente experiência prática.

Como o projeto vai ser gerenciado? Um gerente de projetos deve ser empregado primeiramente. Isso dará uma boa comunicação entre a equipe de desenvolvimento e a equipe de construção. O gerenciamento é fundamental para o sucesso do projeto.

Quem é responsável por eventuais atrasos? Em um projeto de recuperação de rio, atrasos serão inevitáveis devido a incerteza ambiental. Logo, isto não pode ser esquecido e acordos apropriados devem ser descritos no documento de contratação.

Que recursos financeiros estarão disponíveis para despesas eventuais? Haverá sempre pequenos problemas para resolver em qualquer projeto. Onde há novas técnicas sendo aplicadas é mais provável ocorrer, portanto, é razoável para o cliente manter algum dinheiro após a conclusão do projeto. Este pode ser até 5% do custo total, mas dependerá do tamanho e da complexidade do projeto.

Os papéis da equipe de design e o supervisor local já foram concordados? Leve em conta o valor do contrato de projeto e construção e assegure que o contratante tem a oportunidade de se envolver no projeto o mais cedo possível.

Uma explicação do método vai ser elaborada pelo contratante? Isto é essencial para que o método seja cumprido de forma segura.

Há algum trabalho a ser sub-contratado? Todos os feriados foram levados em consideração? Certifique-se que pessoal para cobrir faltas e férias foi acordado com o contratante e se isso é de conhecimento da equipe do projeto.

Como o empreiteiro será pago (por estágio ou conclusão)? Isso pode ajudar a decidir como gerenciar as finanças.

Definição dos objetivos do projeto - Uma avaliação inicial de hidrologia, sedimentos e qualidade da água pode indicar que a implementação de técnicas físicas de restauração não irá, por si só, proporcionar ganho ecológico. Em tais casos, pode ser preferível corrigir estes aspectos em primeiro lugar.

Quando estes fatores não são limitantes, é essencial reconhecer a interação entre os processos ecológicos e hidro-morfológicos. Um projeto de restauração é muitas vezes considerado tanto em termos de restauração de formas naturais e processos como em melhoria da biodiversidade. Normalmente, restauração de rios começa com a premissa de que uma mudança do processo natural é necessário para alcançar a função de um habitat específico. Em alguns casos, a restauração da diversidade morfológica e dinamismo é o foco, em outras ocasiões, é especificamente para tratar de um habitat perdido; em tais casos, pode ser necessário para restaurar uma característica física particular.


A figura a seguir demonstra como os objetivos podem começar a ser definidos ligando os elementos ecológicos e hidro-morfológicos juntos. Este processo foi concebido para ajudar o gerente de projeto pensar sobre os aspectos-chave do projeto de restauração do rio e para  reconhecer a complexidade inerente.



Questões a considerar:
  • O objetivo principal do projeto é melhorar os processos físicos do rio ou aumentar a diversidade biológica no seu curso?
  • Se o objetivo é aumentar as formas e processos fluviais, qual será o benefício para a ecologia?
  • Se o seu foco é aumentar a diversidade ecológica para a fauna e flora, que ciclos de vida você pretende restaurar e que características físicas você pretende desenvolver para dar suporte?
  • Seus objetivos são claros (específicos), quantificáveis, atingíveis, realistas e cabem em um prazo especificado?

Determinar objetivos de monitoramento inteligentes - Este elemento do projeto, muitas vezes é negligenciado, garante que haja um foco claro sobre os produtos - ou seja, o que você quer alcançar com o seu projeto? Os recursos para o monitoramento devem ser declarados como parte do orçamento no início do projeto para garantir que este elemento importante não seja esquecido. Orientação sobre como definir objetivos de monitoramento inteligente está disponível em uma série de documentos de orientação prática.

Um exemplo prático River Restoration Appraisal Guidance for Monitoring Options (PRAGMO), tem como objetivo ajudar todos os profissionais no processo de definição de protocolos de monitoramento como parte de um projeto de recuperação do rio. PRAGMO inclui estratégias de monitoramento destinados a apoiar a equipe técnica que trabalha para as autoridades competentes, consultorias e instituições acadêmicas, bem como organizações com recursos limitados, que podem precisar de demonstrar o sucesso para curadores e financiadores.

Fonte: Step II – Design, objective and pre-monitoring (ECRR)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Como renaturalizar um rio ou riacho - 1ª Etapa

De hoje até sexta-feira iremos apresentar uma série de postagens sobre como realizar a renaturalização de um rio ou riacho. As informações serão fundamentadas a partir de um programa europeu proposto pela ECRR (do inglês, Centro Europeu para a Restauração de Rios).

Nessa primeira de três etapas veremos o planejamento que define atores, estuda o local e reduz os riscos. Na segunda etapa trataremos da concepção do projeto. Finalmente, na terceira etapa, abordaremos a construção do projeto.



1ª Etapa - Planejamento

Identificar todas as partes interessadas - Determinar os objetivos do projeto, que incluem as ambições e expectativas do stakeholders, geralmente leva tempo para se desenvolver. Nesse processo é importante a participação dos comitês de bacia (já que reúnem diferentes interesses da população)  assim como  a adoção de um Plano Diretor.

Ouvir todos os pontos de vista é essencial para garantir as necessidades de cada um. Uma organização privada pode querer demonstrar responsabilidade ambiental enquanto a população busca por prestação de serviços que beneficiem a comunidade local.

Definir objetivos - Incorporar objetivos diferentes que disponham uma gama de benefícios à comunidade é um desafio, mas deve ser bem elaborado pois garante um maior apoio da público. Podem ser:
  • Recreação: áreas para caminhada, ciclismo, famílias e outros grupos. Ex.: Isar River em Munique;
  • Espaço Verde: as pessoas podem se aproximar da natureza com acessibilidade e segurança. Ex.: River Marden em Calne serve para eventos locais;
  • Biodiversidade: promove a melhoria das condições ambientais através da filtração da água por plantas, do seqüestro de carbono, da disponibilidade de alimento, e de áreas para reprodução das mais variadas espécies. Ex.: Ciorbaciu Wetland Project.
  • Herança cultural e ambiental: importância cultural e ambiental através da manutenção da paisagem de épocas passadas. Encontrar mapas antigos ajuda como guia para a restauração. Ex.: River Vidá.
  • Educação: um ambiente preservado é fonte de boas ferramentas para o aprendizado. Ex.: Cheonggyecheon stream project em Seoul na educação de mais de 25 milhões de pessoas transmitindo a importância dos corredores azul e verde.
  • Manejo natural dos riscos de enchente: o manejo natural pode oferecer mais que os métodos tradicionais. Realizar uma pesquisa de viabilidade para determinar riscos específicos é importante para ajudar você a decidir qual abordagem a adotar. Ex.: River Great Ouse, com ampliação da calha.
  • Custos de manutenção: projeto de drenagem ruim, tais como emissários mal concebidos, além do alto custo podem levar à erosão localizada, um aumento no risco de inundação ou degradação do habitat. Ex.: Ritobäcken Brook na Finlândia é um bom exemplo de drenagem com abordagem sustentável de baixo custo.

Ter uma equipe experiente e multidisciplinar - Dependendo do alcance e da natureza do seu projeto, você vai precisar de reunir as habilidades, aconselhamento e apoio de uma série de especialistas. É importante trabalhar com esses especialistas, no início de um projeto para que suas plenas possibilidades possa ser alcançada.
  • Arqueólogo/ Profissional Patrimonial: ações de conhecimento do patrimônio e da cultura local para ajudar no planejamento do projeto;
  • Biólogo/Ecólogo: verifica as técnicas de restauração para beneficiar habitats e espécies locais;
  • Representante popular: um contato de confiança para fazer a interface entre o público e a tomada de decisão;
  • Construtora: garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo e com o orçamento esperado. Também orienta as características operacionais do projeto e materiais disponíveis;
  • Geomorfologista: oferece consultoria sobre o canal do rio e planície de inundação sobre os processos de morfologia e sedimentos do rio.
  • Hidrólogo: conhecimento especializado sobre a vazão dos rios, inundações , secas e sistemas de águas subterrâneas e como estes de inter-relacionam;
  • Arquiteto paisagista: orienta sobre o projeto de design, paisagem e plantio;
  • Gerente de projeto: tem a responsabilidade global para o gerenciamento de projetos, o dia-a-dia, controlar orçamentos e se comunicar com especialistas e público;
  • Supervisor: garantir que todos atendam às suas responsabilidades de segurança e saúde dentro e fora do local.

Reduzir o risco e a incerteza - Há uma série de ações que podem ser tomadas no início do processo de planejamento do projeto que pode reduzir o risco e a incerteza. Se estes passos não forem bem definidos a incerteza devido ao conhecimento limitado pode aumentar.
  • A equipe: deve ter experiência, compromisso e ter a miscelânea correta de especialistas;
  • Empreiteiro: deve haver uma pré-visita ao local e definir que máquinas serão usadas, como e quando. Deixar claro em contrato os métodos e acordos. Bons acordos de supervisão e contrato podem impedir, por exemplo, cercas próximas com boa qualidade habitat serem removidas ou rios sinuosos sendo escavado, mas com lados trapezoidais;
  • Todos envolvidos com a fase de construção: comunicação entre as partes envolvidas é a chave para um bom relacionamento e o sucesso na operação. Fornecedores, geralmente, não sabem detalhes específicos requeridos no projeto sendo necessário uma descrição minuciosa dos materiais como tipo e tamanho da vegetação, grama ou pedra. Os fundos para financiamento devem ser seguros e a experiência dos profissionais devem ser seguras.
  • Gerente de projeto em conjunto com o grupo: assegurar que as despesas eventuais sejam inclusas, garantir os interesses dos stakeholders e obter todas as aprovações. A formação de um grupo focal local de trabalho em estreita colaboração com a equipe pode ajudar a superar as preocupações das partes interessadas e facilitar o caminho para a obtenção de aprovações. A falta de recursos financeiros imprevistos pode resultar em subseqüente má gestão ou projeto de conclusão.
  • Variáveis de campo: más condições no tempo ou no rio, vandalismo, problemas com o tipo de solo ou época de reprodução da fauna devem ser previstos para contornar as dificuldades ou mitigá-las. Ter dados históricos do local podem ajudar na previsão.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PDDrU: Audiência Pública CANCELADA

A audiência pública que estava marcada para hoje (20) foi remarcada para o dia 02 de setembro, devido aos últimos acontecimentos na capital que inviabilizou a preparação da reunião.




Polêmica na construção de canal em Enseada

Uma polêmica de R$ 4 milhões e 600 metros de extensão tem agitado a Praia de Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. A galeria de drenagem de água pluvial que a prefeitura está construindo e que termina no principal point de surfe do município - o Pico Quebra-Prancha, ou PQP -, está sendo contestada por moradores e surfistas da área. Eles alegam que a obra, batizada de Canal do Boto, levará esgoto ao que eles consideram um dos poucos ecossistemas ainda equilibrados do litoral metropolitano.




Iniciada em dezembro de 2013, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, a obra foi embargada pelo Governo do Estado em fevereiro deste ano e retomada há duas semanas. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) solicitou à Prefeitura do Cabo esclarecimentos sobre estudos de impacto ambiental e possíveis danos ao meio ambiente. "Essa intervenção começou sem qualquer discussão com a comunidade e sem as licenças necessárias. É no mínimo estranho que a prefeitura proceda desta forma", afirma a professora Geovana Eulália, gestora ambiental e moradora de Enseada dos Corais.

Segundo ela, o local onde desemboca a galeria é trecho de desova de tartarugas-marinhas. "Sem contar que não há tradição de ataques de tubarão a surfistas, o que comprova o equilíbrio ecológico que ainda existe por aqui", argumenta. O Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) já registrou duas mortes relativas aos animais em Enseada dos Corais: em junho de 2013, o corpo José Rogério Tavares da Silva, 41, foi encontrado na Praia do Paiva três dias após ele ter desaparecido no Pico Quebra-Prancha; e, em agosto de 2012, Tiago José de Oliveira Silva, 18, foi achado morto no local. Ambos tinham sinais de mordidas de tubarão.



Geovana alega que a obra da galeria não tem tapumes e que representa perigo para moradores e turistas. "Não há sinalização nem proteção. Qualquer criança pode subir nas montanhas de brita do canteiro e, num acidente, cair bem em cima das ferragens do canal".

Para o engenheiro Frederico Ribeiro, morador de Enseada, o canal também vai afugentar turistas e frequentadores da praia. "Além de tudo, é uma obra agressiva, que destruiu uma rua natural", critica. Frederico alega que o riacho que corta Enseada poderia facilmente ser usado para o escoamento das águas pluviais sem a necessidade de uma intervenção drástica. "O pior é que sem a higienização natural do sol esse lugar vai virar um criadouro natural de ratos e baratas", completa.

PREFEITURA
O secretário de Infraestrutura da Prefeitura do Cabo, Oswaldo Vieira de Mello, garante que não existe a possibilidade de danos ao meio ambiente com a construção da galeria. "É um túnel de concreto armado feito para escoar a água da chuva que inunda boa parte das casas que fica atrás da pista principal entre as Praias do Paiva e de Gaibu. Só vai levar esgoto ao mar se os próprios moradores furarem o concreto e depositarem lá os dejetos, o que é muito difícil de acontecer".

O secretário explica que o embargo da obra, em fevereiro deste ano, obedeceu a um processo rotineiro da CPRH. "Prestamos todos os esclarecimentos, tivemos várias reuniões com a Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público e todos acharam por bem retomarmos os serviços", revela. Um dos motivos para a liberação das obras, de acordo com Oswaldo, é a redução de custos obtida com o projeto desenvolvido pela prefeitura. "O Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que, da forma como idealizamos a galeria, haveria uma economia de 33% no valor total da obra", finaliza o secretário.
Este local é ponto de desova de tartarugas- marinhas. O canal vai trazer esgoto a um dos lugares mais conservados do litoral do Estado", argumenta o psicólogo Renê Costa.

Fonte: Jornal do Commercio, Cidades.

"A redução do comprimento do curso do rio e a uniformização da seção de vazão (canalização) aumentam a velocidade da corrente e consequentemente a erosão e o assoreamento à jusante, exigindo obras de vulto para manter o leito do rio retificado. Em épocas de enchentes extremas, são frequentes os prejuízos materiais e, às vezes, humanos. A ruptura da interação natural entre rio e baixada ocasiona o empobrecimento dos ecossistemas com perda da diversidade biótica." Fonte: Rios e Córregos, SEMADS


terça-feira, 19 de agosto de 2014

A Renaturalização pelo Mundo: River Brent, Londres - Reino Unido

Cada vez mais se espalha pelo mundo a ideia de renaturalização de rios e riachos urbanos. Na Inglaterra, um rio, que se comparado aos rios urbanos do Brasil já estaria à frente no que se diz respeito a preservação ambiental, foi além ao ter seus meandros recuperados e permitir o acesso público para atividades de lazer.

O Rio Brent fica no nordeste de Londres e teve o trecho do Tokyngtton Park renaturalizado.

Imagem Google (1999)

Antes(1999)

Durante(2003)

Imagem Google(2006)

Depois (2008)

Imagem Google (2013)

Fonte: ECRR - European Centre for River Restoration


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

PDDrU: O que é um Plano Diretor de Drenagem Urbana

O Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) é o conjunto de diretrizes que determinam a gestão do sistema de drenagem, minimizando o impacto ambiental devido ao escoamento das águas pluviais. Na elaboração do PDDU deve ser mantida a sua coerência com as outras normas urbanísticas do município, com os instrumentos da Política Urbana e da Política Nacional de Recursos Hídricos.




Plano Diretor de Drenagem Urbana é uma medida preventiva de controle de enchentes que auxilia no planejamento do desenvolvimento da cidade.

No Plano Diretor de Drenagem é dado ênfase no controle através de medidas não-estruturais como o zoneamento de áreas de inundação. Nesse zoneamento são especificados os critérios de ocupação do leito maior do rio.

Um Plano Diretor de Drenagem Urbana deve buscar:
  • planejar a distribuição da água no tempo e no espaço, com base na tendência de ocupação urbana compatibilizando esse desenvolvimento e infra-estrutura para evitar prejuízos econômicos e ambientais;
  • controlar a ocupação de áreas de risco e;
  • convivência com as enchentes nas áreas de baixo risco.



O Plano Diretor deve conter o Manual de Drenagem Urbana que tem como objetivo orientar os projetistas sobre as restrições e métodos aceitos no dimensionamento da drenagem na cidade.

No dia 20 de agosto será realizada uma Audiência Pública para discutir o Plano Diretor de Drenagem Urbana do Recife no Auditório Dom Hélder Câmara, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, situado na Rua Real da Torre nº 299, Madalena, das 14:00 às 17:00 horas.


Fonte: PARKINSON, J. MILOGRANA, J.; CAMPOS, L.C.; CAMPOS, R. “Relatório do Workshop em GoiâniaGO dia 7 de Maio 2003”); TUCCI, C.E.M. “Plano Diretor de Drenagem Urbana: Princípios e Concepção”. RBRH. 1997.

PDDrU: O que é uma audiência pública?

A Audiência Pública é um instrumento de participação popular, garantido pela Constituição Federal de 1988 e regulado por Leis Federais, constituições estaduais e leis orgânicas municipais.  








É um espaço onde os poderes Executivo e Legislativo ou o Ministério Público podem expor um tema e debater com a população sobre a formulação de uma política pública, a elaboração de um projeto de Lei ou a realização de empreendimentos que podem gerar impactos à cidade, à vida das pessoas e ao meio ambiente. São discutidos também, em alguns casos, os resultados de uma política pública, de leis, de empreendimentos ou serviços já implementados ou em vigor.




Geralmente, a Audiência é uma reunião com duração de um período (manhã, tarde ou noite), coordenada pelo órgão competente ou em conjunto com entidades da sociedade civil que a demandaram. Nela, apresenta-se um tema e a palavra então é dada aos cidadãos presentes para que se manifestem. 

Todos os que quiserem podem e devem participar das Audiências. Entretanto, é fundamental que o órgão que a convoca priorize a presença das pessoas afetadas diretamente pela política pública ou projeto de lei a ser discutido. A divulgação prévia, a localização adequada e a garantia do direito à informação compreensível e ao direito de voz são pressupostos para a garantia do direito de participação.

No dia 20 de agosto será realizada uma Audiência Pública para discutir o Plano Diretor de Drenagem Urbana no Auditório Dom Hélder Câmara, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, situado na Rua Real da Torre nº 299, Madalena, Recife-PE das 14:00 às 17:00 horas.

 Fonte: Instituto Polis

domingo, 10 de agosto de 2014

Audiência Pública para Plano Diretor de Drenagem Urbana do Recife


A EMLURB (Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana), empresa vinculada a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos, anunciou a discursão das diretrizes do Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais da Cidade do Recife através de Audiência Pública.



O debate será realizado no dia 20 de agosto no Auditório Dom Hélder Câmara, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, situado na Rua Real da Torre nº 299, Madalena, Recife-PE das 14:00 às 17:00 horas.

Quem desejar fazer alguma exposição e se manifestar sobre o tema pode se inscrever na própria EMLURB que fica na Av. Governador Carlos de Lima Cavalcanti, nº 09, Boa Vista, no período de 07 a 14 de agosto de 2014, das 08:00 às 12:00 horas, ou por telefone, através do número (81) 3355 5504.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

A influência da urbanização nas enchentes


A retenção superficial é alterada pelo homem ao longo do tempo. Necessitando ocupar mais espaço, tanto para fins econômicos como para estabelecer domicílios, modifica o uso natural do solo, criando áreas impermeáveis, destruindo matas, aterrando áreas alagadiças, retificando, etc.
 
Essas ações contribuem para o aumento do risco de extravasamento das calhas dos rios, à medida que a diminuição da retenção natural, fornece mais água para o escoamento superficial que, por sua vez, aumenta o pico e o volume dos hidrogramas de enchentes.

 



 
 
Fonte: Enchentes no estado Rio de janeiro, Planágua SEMADS, Agosto2001


 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Caçadores de Rios Urbanos

" Hoje, os rios são lembrados apenas quando há enchentes, embora ainda pulsem como sangue nas artérias, escondidos sob o asfalto da cidade"


Fonte: Rios e Ruas

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Denúncia de Alagamento em Casa Forte

Em matéria publicada no Jornal do Commercio (20/07), o leitor Djair Neto manifesta sua insatisfação com os constantes alagamentos na Estrada das Ubaias que vem causando perdas materiais aos moradores do local.


Casa Forte faz parte da bacia do Riacho Parnamirim que vai do bairro Monteiro até Parnamirim. Riachos são de importância vital para manutenção da drenagem urbana.
 
Se você possui imagens de alagamentos pela região, envie-nos pelo e-mail: riachosurbanos@gmail.com