sábado, 27 de setembro de 2014

Dia Mundial dos Rios reúne voluntários HSBC para desvendar rios em Recife

Sob ruas e construções do Recife corre um rio soterrado pelo processo de urbanização. Para desvendar esses cursos-d’água aterrados ao longo dos anos nas cidades, o programa HSBC pela Água promove uma expedição pelo Centro, amanhã, a partir das 9h.

O evento, realizado simultaneamente em outras quatro capitais brasileiras, marca o Dia Mundial dos Rios (28). A expedição não é feita de barco, mas a pé. “A ideia é mostrar às pessoas que embaixo do asfalto onde elas estão pisando passa um rio e mostrar a importância de conservar esses recursos hídricos”, explica a superintendente- executiva de Sustentabilidade do HSBC Brasil, Linko Ishibashi.



Antes da expedição, haverá palestra sobre meio ambiente às 9h, na Rua do Fogo, 22, Santo Antonio. Em seguida, o grupo composto por cerca de 40 pessoas (colaboradores HSBC) sai em caminhada pela Avenida Dantas Barreto e Rua Nova, seguindo o curso do Rio Capibaribe, oculto pelos aterros. “Esse é um trabalho de conscientização, mas também de história”, afirma Linko Ishibashi. 

O evento está sendo realizado pela primeira vez no Recife. Segundo Linko, a cidade foi escolhida porque conta com um grupo forte de voluntários do HSBC, que promove ações sociais e ambientais ao longo do ano. O Programa HSBC pela Água é uma iniciativa global de cinco anos, com investimento de US$ 100 milhões, pelo acesso à água, saneamento e pela proteção dos recursos hídricos.

Fonte: Jornal do Commercio

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Renaturalização pelo Mundo: Rio Braid

Rio Braid
Local - Inch Park, Edimburgo
Data da Construção - Final de 2008 até meados de 2009
Comprimento - 310m
Custo - £110.000 ou R$335.500 (25/09/14)

A remeandrização do Rio Braid no Inch Park foi uma parte do amplo projeto de contenção de cheias proposto pelo Conselho da Cidade de Edimburgo projetado para proteger contra um enchente de 200 anos, com provisão adicional para as mudanças climáticas. 

Rio antes da renaturalização ainda canalizado.


O projeto aproveitou a capacidade de armazenamento do parque para cheias, promoveu a biodiversidade  e criou habitats ao longo do rio.

Antigo curso tracejado e novo curso em cor azul.


Corte AA mostrando antigo canal e nova formatação

O parque fica localizado em uma área urbana e fica próximo de um shopping center, escolas primárias e áreas residenciais.

Fase de construção

   

O objetivo foi reintroduzir diversidade na extensão, na profundidade, nas taxas de vazão e na paisagem do riacho, para permitir que os processos naturais ecológicos e morfológicos ocorram segundo as características iniciais. Isto foi alcançado substituindo os canais de concreto e tijolo por meandros sinuosos.

Após dois anos da construção, em 2011.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

X ENAU prepara carta para gestores públicos

No X Encontro Nacional de Águas Urbanas, pesquisadores de todo o país discutiram diversas propostas de otimização da drenagem urbana. O resultado disso está sendo uma carta que deverá ser encaminhada a sociedade e em especial aos gestores públicos. A carta deverá ser finalizada até dia 26 de setembro quando será o último dia para envio de sugestões pelo e-mail  xenau@abrh.org.br.

A minuta da carta você confere a seguir:

A Comissão de Águas Urbanas da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, ao término do X Encontro Nacional de Águas Urbanas, realizado em São Paulo, no período de 16 a 18 de setembro de 2014, expressa, por meio desta carta, os anseios e desafios identificados durante o evento e que devem ser enfrentados pela Academia, sociedade e gestores públicos.
A despeito do atual conhecimento, os sistemas de drenagem urbana são ainda concebidos de maneira convencional, cujo princípio é o rápido afastamento das águas pluviais; no entanto, as novas técnicas de manejo das águas urbanas visam minimizar a geração de escoamento pluvial por meio da adoção de práticas que priorizem a manutenção de processos hidrológicos mais naturais, tendo ainda, a bacia hidrográfica como unidade de planejamento.
Buscando esse objetivo, a Comissão recomenda, sempre que possível e adequado, que medidas e esforços sejam adotados para:
  • Reduzir as áreas impermeabilizadas;
  • Minimizar movimentação de terras;
  • Controlar a produção de sedimentos, principalmente durante a fase de obras;
  • Preservar o percurso do escoamento superficial de maneira mais próxima ao natural; manter as características locais da bacia;
  • Promover a integração da água como elemento da paisagem urbana;
Adicionalmente, a água da chuva pode ser utilizada para fins não potáveis, ressalvado o fato de o aproveitamento da água de chuva não se constituir em uma estratégia para controle de escoamento pluvial.
O manejo proposto deve ser regulamentado por meio do PLANO DIRETOR URBANO e do PLANO DE DRENAGEM URBANA, sendo a elaboração destes de responsabilidade legal dos Municípios. É importante enfatizar a importância de que a sociedade deve ter um papel efetivo na concepção e elaboração de ambos os planos.
O manejo da água no meio urbano depende dos espaços exigidos para implantação de técnicas de controle e do uso do potencial da bacia para reduzir os impactos da urbanização, portanto exige nova postura dos gestores, urbanistas, hidrólogos e demais profissionais, que devem trabalhar de forma conjunta. Nesse sentido, o trabalho interdisciplinar otimizará o sistema em termos técnicos, sociais, financeiros e ambientais.
Assim, identifica-se que a Academia deve atualizar os currículos dos cursos de tecnologia, graduação e pós-graduação, para que incorporem em suas ementas elementos que contemplem o enfoque proposto de manejo de águas pluviais.
Quaisquer que sejam as técnicas empregadas estas devem primar:
  • Pela minimização das inundações;
  • Pelos aspectos sanitários;
  • Pela não contaminação dos aquíferos;
  • Pelos aspectos paisagísticos, multifuncionais e integrados ao meio urbano, visando a melhor aceitação por parte da população.
O planejamento e projeto dos sistemas de águas pluviais dependem essencialmente das características fisiográficas da bacia, do monitoramento e da modelagem hidrológica, seja qualitativa ou quantitativa. Observa-se, que:
- A maioria dos municípios brasileiros não possui cadastro dos sistemas de infraestrutura urbana. Os Municípios devem realizar o cadastramento da infraestrutura urbana, incluindo os sistemas de microdrenagem, macrodrenagem, técnicas compensatórias de drenagem (no lote e centralizado). Esse cadastro deve ser espacializado em mapas digitais de forma a serem permanentemente atualizados e, preferencialmente, associados a banco de dados.
- Os Municípios devem desempenhar papel fundamental no monitoramento da chuva e da qualidade e quantidade de água no meio urbano, pois têm condições de fazê-lo continuamente. Assim, os municípios terão dados hidrológicos representativos de suas condições locais. As Universidades podem auxiliar os municípios no planejamento do monitoramento de acordo com as especificidades locais, fortalecendo parcerias acadêmico-científica e técnico-institucional.
- Os Municípios devem elaborar manuais para o projeto e execução dos sistemas de manejo de águas pluviais. Para isso, sempre que julgarem necessário, devem contar com o auxílio da Academia.
- O emprego de ferramentas para gestão das águas urbanas depende essencialmente das características da bacia, do monitoramento e de pessoal especializado. Os Municípios devem investir na capacitação contínua de pessoal, sendo que a Academia pode auxiliá-los, propiciando condições para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas e treinamento dos técnicos no uso de ferramentas de gestão.
- Os Municípios devem planejar e incorporar aos seus serviços a limpeza, conservação, manutenção e operação da infra-estrutura de águas pluviais, prevendo, ainda, os aportes financeiros necessários para a realização perene e contínua destas atividades.
- Boa parte da produção de sedimentos em meio urbano é devido a obras, terraplanagem e movimentação de terra. Esses sedimentos assoreiam reservatórios e rios e o próprio sistema de drenagem, causando prejuízos de toda ordem. Os Municípios, através de normas e legislações, devem exigir o controle da produção de sedimentos em obras civis, assim como fiscalizá-las em relação a esse aspecto.
Cabe aos organismos que fomentam a economia do país, com investimentos em empréstimos públicos, gerar diretrizes que garantam a concepção e implementação de projetos e obras que tenham um impacto reduzido sobre a drenagem urbana.
Por fim, a comissão técnica do X ENAU acredita que a concretização e o sucesso das recomendações contidas nessa carta dependem fundamentalmente do envolvimento e do esforço conjunto dos Gestores Públicos, da Academia e da Sociedade.
São Paulo, 18 de setembro de 2014.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

X ENCONTRO NACIONAL DE ÁGUAS URBANAS Águas Urbanas: Um tema multidisciplinar




Começou ontem em São Paulo (SP) o 10º Encontro Nacional de Águas Urbanas (X ENAU). O evento irá até amanhã com apresentações de trabalhos e palestras com temas que contemplam novos conceitos e manejo de águas pluviais. No primeiro dia o grupo de recursos hídricos da UFPE apresentou o trabalho "Os Impactos da Expansão Urbana no Manejo de Águas Pluviais em Pequenas Cidades: Estudo de Caso em Serra Talhada (Pernambuco)" Gastão Fonseca Neto, Marcos Vieira Melo e Jaime Cabral.

Hoje serão apresentados ainda "Urbanização no Recife e as Consequências para a Drenagem Urbana" por Edvaldo Guimarães Neto, Marcos Vieira Melo e Guilherme Nascimento; E também, "Estudo das Características Hidrológicas para Subsídio ao Zoneamento Urbano no Município do Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco)" Andressa Fraga e Jaime Cabral.



Em breve faremos a postagem do trabalhos.

O evento é uma organização da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Instituto de Pesquisas Hidráulicas com patrocínio do CNPQ e CAPES.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

PDDrU: Audiência aconteceu hoje

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) apresentou, nesta terça-feira (2), plano de drenagem para tentar evitar alagamentos na cidade. O projeto foi mostrado em audiência pública realizada no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena. Participaram do encontro representantes de secretarias municipais, associações comunitárias, estudantes e pessoas ligadas ao meio ambiente.

Imagem: Globo

“Ao longo dos anos, imaginávamos que tinham 36 canais. A gente conseguiu localizar e cadastrar 95 canais, isso é um instrumento inovador. Temos também o cadastro das galerias de chuva e canaletas. São 1.500 quilômetros que estão sendo cadastrados. Poderemos trabalhar melhor a questão do manejo dessas águas pluviais”, afirmou o presidente da Emlurb, Antônio Barbosa.


O serviço envolve ainda tratamento de esgotos e será feito com recursos da Prefeitura e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Na capital pernambucana, há vários pontos crônicos de alagamentos que causam prejuízos para motoristas e pedestres a cada chuva.


De acordo com a Emlurb, um projeto para conscientizar a população também é uma das prioridades do trabalho. “Em áreas ribeirinhas, a gente precisa contar com a colaboração da população para que não deposite lixo nesses canais, nesses cursos-d’água, rios, para que a gente possa trabalhar, sofrer menos impacto quando ocorrem chuvas”, complementou Antônio Barbosa.


A Emlurb acrescentou que a dragagem dos rios Tejipió e Jiquiá está aguardando recursos do governo federal para ser iniciada. Na próxima quinta-feira (4), a gestão vai apresentar um plano para solucionar o tratamento do lixo da capital.


Fonte: G1

PDDrU: Audiência Pública Hoje!

Está confirmada para hoje (2) a audiência pública que vai permitir a participação popular no processo de decisão acerca da drenagem urbana na cidade do Recife.



Acontecerá no Auditório Dom Hélder Câmara, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, situado na Rua Real da Torre nº 299, Madalena, Recife-PE das 14:00 às 17:00 horas.

Veja também: O que é uma Audiência Pública;
                      O que é um Plano Diretor de Drenagem Urbana